É muito comum ver em grupos de profissionais e em conversas entre freelancers o debate sobre ter um CNPJ ou não. A formalização é um passo importante para quem atua nessa carreira, mas também envolve maior responsabilidade e comprometimento. Você ainda não sabe se é uma boa ideia ter um CNJP? Tem muitas dúvidas? Nesse post explico o que você precisa saber para tomar essa decisão!
Ter CNPJ: o start
Você já tem alguns clientes fixos, mas ainda não sabe se já está na hora de migrar de um CPF para um CNPJ? Responda às seguintes perguntas e no final irá descobrir o melhor caminho a seguir:
1- Você já perdeu jobs por não emitir nota fiscal?
2- Gostaria de parecer mais profissional diante de seus clientes?
3- Quer atuar da maneira certa, protegendo seu trabalho, sendo um “cidadão de bem” e pagando seus impostos?
Se você respondeu SIM para a maioria dessas questões, com certeza está pronto para ter um CNPJ.
8 motivos para ter um CNPJ como freelancer
Ainda precisa de mais motivos para ir atrás da formalização? Posso listar mais alguns para convencê-lo!
1- Ter um CNPJ te tornará ainda mais profissional aos olhos de seus clientes e, consequentemente, as indicações serão ainda maiores. Da mesma forma, eles deixarão de ver você apenas como alguém que “faz bicos”, reconhecendo o valor de seus serviços.
2- Para atender uma empresa de grande porte, por exemplo, você precisará emitir notas fiscais. Ou seja, se quiser aumentar seu volume de trabalho e, até mesmo os preços de seus serviços, ter um CNPJ é um bom começo.
3- Uma das opções mais simples de formalização é se tornar Microempreendedor Individual e, sendo MEI, você terá uma série de benefícios. Entre eles estão a possibilidade de ter um funcionário, isenção de taxas para registrar a empresa, isenção de alguns impostos e acesso a benefícios do INSS, como licença saúde, salário maternidade e aposentadoria. Mas, como comentei, essa é apenas uma das opções para se tornar um empresário individual. Existem outras possibilidades como por exemplo: Micro Empresa EI ou Microempresa EIRELI. A melhor opção irá depender de cada caso.
4- Com um CNPJ, você também poderá comprar materiais de fornecedores com um desconto maior e de empresas que comercializam apenas para Pessoa Jurídica.
5- Você terá status de empresa, assim os “clientes pidões” e, até mesmo os amigos, não ficarão pedindo favorzinhos.
6- Estando formalizado, é mais fácil criar parcerias com outras empresas e freelancers, tanto para indicações, quanto para a oferta de serviços casados.
7- Existe maior abertura na negociação com bancos, principalmente para quem é MEI. As facilidades vão desde a abertura de contas até a concessão de crédito com juros menores (sempre bom lembrar: tome muito cuidado com empréstimos, só procure por um se realmente tiver como objetivo seu crescimento pessoal ou profissional).
8- Quem formaliza-se como empresa também tem benefícios na compra do carro, acessando financiamentos com juros menores.
Ok, me convenceu! o que eu faço agora?
Quando abri meu CNPJ, procurei um contador, que me ajudou com toda a burocracia e papelada. Ele pediu documentos, preencheu o que precisava e cuidou de coisas que eu não saberia sozinha – ou levaria o triplo do tempo para fazer por não saber como começar. Se você não tem ninguém em sua família ou círculo de amigos que passou pelo processo recentemente, aconselho sempre a pedir ajuda aos profissionais. Existem escritórios de contabilidade especializados no auxílio à criação de cadastro como MEI ou como microempresa, faça uma busca no Google e certamente encontrará um em sua cidade.
Falei tanto sobre MEI pois ele é realmente o melhor programa para formalização de freelancers de diferentes áreas (designers, web designers, desenvolvedores, redatores, etc…). Já explicamos o passo a passo para se tornar MEI em outro post aqui do blog, vale a pena conferir. Pode enquadrar-se como microempreendedor individual quem recebe até R$ 60 mil por ano nas atividades previstas para esta categoria, mas já foi aprovado o aumento deste valor para R$ 81 mil a partir de 2018. O que convenhamos, é uma renda mensal bem legal!
Acima deste lucro anual, você passa a se enquadrar como uma Microempresa e terá que pagar alguns encargos, que são isentos para quem é MEI e que variam de 4% a 17,42%, dependendo do tipo de operação e serviço que presta. Vale a pena colocar no papel seus planos a longo prazo e consultar o contador para decidir em qual categoria é melhor se enquadrar neste momento.
Fique atento!
Se você concilia o seu trabalho como CLT com os seus freelas, saiba que, se por acaso você for desligado da empresa onde trabalha, não terá direito ao seguro desemprego. Isso acontece por você ser considerado um empreendedor, não um desempregado.
Ficou com mais alguma dúvida em relação à formalização como freelancer? Deixe aqui nos comentários e vamos tentar ajudar!
Lembrando que estamos também no nosso canal no YouTube, com vídeos novinhos sobre a vida de freela. Assina lá para não perder nenhum conteúdo. Também marcamos presença no Facebook, Instagram e LinkedIn. Nesses canais, compartilhamos muitas dicas para ter mais sucesso como freelancer e também para aproveitar todos os benefícios da carreira independente. É claro, também respondemos dúvidas. Só deixar elas aqui nos comentários do post 😃
Respostas de 9
Faltou completar a informação referente a aposentadoria: pela legislação, o MEI não tem direito à aposentadoria por tempo de contribuição ou Certidão de Tempo de Contribuição (CTC), que pode conceder o benefício de forma integral ou parcial.
Para passar a ter direito à aposentadoria em uma dessas duas modalidades, o MEI deverá completar a contribuição mensal (atualmente de 5%) com mais 15% sobre o salário-mínimo, totalizando 20%.
Obrigada por complementar, Cintia!
Oi Natália, parabéns pelo post, muito legal 🙂
Bo Sebrae me disseram que como sou web master não posso ser MEI, apenas Simples Nacional, como que profissionais dessas áreas abrem o MEI?
Oi, Fernanda!
Minha recomendação é que procure suporte de um contador em sua cidade (pode ser pela rede Contadores do Bem, eles atendem gratuitamente). Assim você pode entender se existe alguma brecha para prestar serviço em alguma das atividades previstas pelo modelo MEI.
Abraço
Oi Natalia tudo bem? Então gostei muito das dicas que vocês passam aqui mas me surgiu uma dúvida aqui: É muito interessante fazer o cadastro do Sebrae porem estou começando e não tenho renda estabelecida por não ter clientes ainda. Entretanto, fiz outros bicos um tempo atrás e tive problema para pagamentos, teria uma recomendação para início? Não sei se apenas os e-mails são o suficiente, temos muitos caloteiros hehe. Obrigado e parabéns pelo blog!
Oi Tom!
O ideal é fazer sempre um contrato antes de começar o job! Pedir sempre um sinal de 50% também ajuda, caso você tenha um problema futuro com o pagamento. Você pode fazer também uma conta no PayPal, Pagseguro ou alugar uma maquininha de cartão, assim as pessoas te pagam no cartão de crédito e você evita os calotes! 🙂
Ah sim, vou tentar esse modo então, muito obrigado!
Sou Contabilista e tenho vários clientes Freelancer em SP, posso ajudar você que tem interesse em oficializar a profissão. Me procure: 11 97240-0719.
Muito instrutivo o post. Eu mesmo acabei de me formalizar com CNPJ e cumpri todo este processo. Fiz todos os processos eu mesmo: fui ao Sebrae procurar instrução (é bem básica, mas vale a pena), encontrei os códigos referentes a minha prestação de serviço no portal do empreendedor e com CNPJ em mãos (esta parte é bem rápida) fui até a prefeitura emitir alvará de funcionamento, etapa mais chata e demorada do processo. Talvez tivesse sido menos trabalhoso o contador, mas passar por todas estas etapas me fez valorizar muito o meu CNPJ. Outro ponto que vale reforçar é que o CNPJ abriu novas oportunidades de imediato, coisa que não conseguia apenas com o CPF.