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Encare como uma caminhada: o que aprendi com a jornada de André Souza

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Um tempo atrás conheci a história de André Souza, ex-morador de uma favela de Belo Horizonte.

 

Apesar de todas as dificuldades enfrentadas pelo pai motorista de ônibus e a mãe manicure, eles sempre incentivaram André a nunca desistir dos estudos, mesmo quando ele precisava fazer a lição de casa com luz de velas, por falta de pagamento da conta de luz.

 

Vinte e poucos anos depois, André mora nos Estados Unidos e é PHD em psicologia.

 

Ele se tornou professor e pesquisador nas universidades do Texas e do Alabama, trabalhou em empresas como Google e Samsung e atualmente é cientista de comportamento no Facebook em San Jose, California.

 

A trajetória e a reflexão de André Souza

 

Nesta reportagem do Globo Repórter, aprendi sobre a sua trajetória:

 

Mas o que realmente me chamou atenção na reportagem foi algo que ele falou no final, e que transcrevo aqui:

 

“Eu costumo falar que a trajetória da vida de uma pessoa não tem que ser uma corrida. É uma caminhada.

Não precisa chegar lá rápido. Porque se você corre demais no começo, mais pra frente você vai estar muito cansado. Você não consegue aproveitar.

Vai andando, que na hora que você chegar lá na frente, você demora mais um pouco, mas vai estar descansado. E talvez aproveitar muito mais o que tem lá na frente.”

 

É um conselho tão simples e ao mesmo tempo tão poderoso. Não acha?

 

Após ouvir essas palavras, pensei no quão frenético eu sou para alcançar meus objetivos e me perguntei: será que estou exagerando?

 

Quantas ambições nós sabotamos por conta de mero imediatismo?

 

Todo mundo sabe ou já ouviu falar sobre o quão importante é ter paciência, perseverança, semear para colher os frutos, pensar a longo prazo, “devagar e sempre”, blá blá blá, etc e tal.

 

Embora seja dito a todos nós por toda vida, no dia a dia não absorvemos isso tão bem.

 

Vivemos rodeados de crenças limitantes e de pessoas que nos influenciam para o lado negativo, o que nos faz querer resolver os problemas rapidamente.

 

Além disso nós, homo sapiens, temos a necessidade natural de receber recompensas imediatas. Faz parte do nosso DNA, que é basicamente o mesmo desde a época em que éramos caçadores-coletores.

 

Assim, quando finalmente estamos imbuídos da certeza do que realmente se quer, nós nos engajamos quase que obsessivamente para alcançar um objetivo o mais rápido possível.

 

Nesse momento, nada mais importa além de obter o sucesso naquilo que estabelecemos como a nossa visão de vida.

 

Mas para muitas pessoas, esse furor acaba antes de chegar lá. Depois da overdose de determinação, muita gente cansa do assunto, fica de saco cheio e decide partir pra outra.

 

Então, ainda que você tenha um propósito de vida bem definido e está em seu encalço, pode ser perigoso correr atrás desse norte “com a faca nos dentes” o tempo todo, a ponto de sacrificar todo o seu presente em prol daquele ponto final.

 

Existe uma linha tênue entre correr atrás de um objetivo e fazer isso desperdiçando o que o restante da sua vida tem a oferecer.

 

Mesmo que você chegue lá, o sabor pode não ser tão doce quanto seria se você tivesse pegado mais leve, com mais clareza e tempo pra pensar nos horizontes tão sonhados.

 

Ao ouvir a reflexão do André, percebi que minhas ambições são extremamente importantes e orientam o meu propósito de vida, mas que não posso sucumbir totalmente a elas, sob pena de não vivenciar as coisas boas que já tenho no tempo presente.

 

Se você ficou curioso pra saber mais sobre a história do André, esse podcast aqui fez uma entrevista muito legal com ele.

 

Caso queira aprofundar a discussão, por favor, comente abaixo!

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