Depois de ter virado freelancer full time, sempre soube que se voltasse a trabalhar novamente no modelo tradicional, eu voltaria diferente. Pois bem, estou conseguindo confirmar isso na prática nos últimos meses.
Sim, voltei a trabalhar como colaboradora de uma empresa, algo que considerava possível acontecer, porém não tão rápido. Mas, por mais que essa decisão renda ainda alguns posts aqui no Vivendo de Freela, o foco deste artigo é outro: quero falar sobre como trabalhar como freelancer me transformou como profissional quando o assunto é produtividade e eficiência.
O quanto você realmente produz em um dia de trabalho?
Outro dia aconteceu um debate interessante em um grupo de amigos, justamente o que me levou a pensar em escrever este post. Falávamos sobre como “fazer hora extra” pode estar associado ao crescimento profissional, especialmente para jovens da Geração Y, que buscam ascensão rápida dentro de uma estrutura organizacional.
Sem entrar no mérito de o que as empresas ganham com isso ou se efetivamente este é um fator que deve ser considerado na hora de uma promoção, eu, sinceramente, acho que a lógica está totalmente errada. O que precisa ser avaliado não é a quantidade de tempo no escritório, mas sim a produção realizada dentro deste período. Concorda?
Não, não estou dizendo que ficar além do horário é necessariamente improdutivo, mas, eu mesma, durante o tempo como freela, percebi que podia fazer muito mais com as minhas horas de trabalho do que quando estava no meu emprego anterior. Acredito que você também possa ter aprendido isso em sua carreira solo…
Como ser freelancer me ensinou a produzir mais
Agora, de volta ao mercado de trabalho “tradicional”, confesso que tenho me impressionado com a mudança no meu comportamento (orgulhinho próprio batendo forte, gente!). Estou mais produtiva, focada, organizada. Uma Lu versão eficiente, mesmo sendo uma pessoa que tende a se distrair facilmente e que A-M-A procrastinar.
Mas isso não é por acaso! Tem tudo a ver com o que aprendi no tempo como freela em relação à produtividade e à entrega, o que gostaria de dividir com vocês também. Compartilho abaixo alguns dos pontos que mais me ajudaram a virar essa versão mais eficiente de mim mesma:
Ganhar apenas pelo que foi entregue
Esse é um dos primeiros aprendizados que qualquer freelancer tem ao escolher esse modelo de carreira: você só ganha por aquilo que produzir. É claro, existe flexibilidade de horário, possibilidade de passar um dia inteiro vendo séries no Netflix, oportunidade de tentar a vida de nômade digital… No fim do mês, entretanto, só entra na sua conta o valor correspondente àquilo que realmente produziu.
Quando a gente percebe isso, não quer parar de trabalhar, não é? Eu comecei até a me propor desafios de quantos textos conseguia escrever em um dia, usando diferentes ferramentas de produtividade para ajudar. A meta era sempre estar à frente das deadlines, assim podia escolher entre me dar uma folga ou pegar ainda mais jobs. Nem precisaria dizer que normalmente ganhava a segunda opção…
Agora, como funcionária de uma empresa, a lógica continua a mesma. Apenas mudei a chave para conseguir sair sempre no horário (e está dando super certo!).
Solidão? Tudo bem!
Outro aprendizado que ajuda e muito a ser mais eficiente é lidar bem com a solidão. Uma vez que a gente aprende a trabalhar sozinho, apenas com uma música tranquila para fazer companhia, é fácil resistir à tentação de participar de todas as conversas que acontecem no escritório – ou até mesmo de ser o responsável por iniciá-las.
Como uma boa ex-tagarela do ambiente corporativo, sinto que tenho bastante a comemorar com isso!
Ser uma empresa completa em uma só pessoa
Nos primeiros meses de freela, com certeza todo mundo pensa algo no estilo “ah, como era bom quando eu só precisava fazer meu trabalho”. Isso porque você precisa se dividir, além de sua tarefa principal, com atividades relacionadas a venda, divulgação, contabilidade (argh!) e finanças.
Assim, não tem como não aprender a otimizar seu tempo e até suas habilidades, a fim de não deixar nada pendente. Afinal, se você não fizer, quem irá fazer por você?
No meu caso, ter essa visão do “todo” de uma empresa me ajuda também a otimizar processos, diferente da minha experiência corporativa anterior. Menos e-mail, menos reunião e menos briefing em troca de muito mais mão na massa.
Você também mudou como freela?
Volte ou não para o mercado de trabalho tradicional, tenha certeza: você também mudou ou vai mudar por causa de sua experiência como freela. Pode parecer difícil perceber isso quando se trabalha sozinho e sem nenhum feedback direto, mas vale a pena olhar melhor para si mesmo e para o quanto está fazendo com as suas horas. Vai dizer, não é muito mais do que já fez antes?
Independentemente se isso for percebido por você, pelo seu cliente ou por um potencial empregador, a eficiência certamente pode entrar para a lista de competências que desenvolveu ao longo de sua carreira. E com grandes chances de render ótimos frutos pelo que vem pela frente!
Quer saber mais sobre produtividade? No vídeo abaixo conto quais são meus hacks para ser mais eficiente!
O que a vida de freelancer ensinou a você sobre eficiência e produtividade? Compartilhe sua experiência aqui nos comentários desse post! 🙂
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