Quando o assunto é finanças para freelancers, você sai correndo ou tira de letra? Se você escolheu a primeira alternativa, fica tranquilo, porque aqui no Vivendo de Freela tem tudo para você aprender a organizar suas finanças e sair do sufoco!
No mês de abril, rolou uma live super especial no nosso canal do YouTube sobre finanças para freelancers com a educadora financeira e fundadora do É da Minha Conta Leila Ghiorzi . Num papo descontraído, ela falou sobre organização financeira e sobre como foi planejar a sua transição de carreira do mundo CLT para freelancer, estratégias para fugir da crise, como fazer investimentos na carreira solo e muito mais!
Veja 7 dicas de finanças para freelancers
Perdeu essa live incrível? Sem problema! Fizemos um resumo com os principais tópicos. Continue a leitura e inspire-se com esse bate-papo super bacana!
1. Planeje sua transição de carreira
É muito comum conhecer pessoas que não planejaram a transição de carreira, seja porque não tiveram tempo, seja por falta de conhecimento mesmo. Leila contou que sua transição foi bem planejada e, por isso mesmo, muito tranquila.
Para ela, o planejamento da transição de carreira durou cerca de dois anos e foi fundamental para o sucesso como freelancer.
“É importante saber o que você quer e como chegar lá. Por isso, defina metas, pense nos benefícios que serão perdidos saindo do CLT e o que fazer para mantê-los fora da empresa”, diz Leila. Ela listou os quatro itens principais para se levar em conta antes de sair do emprego:
- Como manter o plano de saúde;
- Qual o capital necessário para cobrir gastos enquanto não tem clientes;
- Sua meta de faturamento mensal;
- Reduzir gastos.
Mas se você já atua como freelancer e não teve tempo para fazer um planejamento como ela, uma boa forma de começar é economizando. “A vida de freelancer é uma montanha russa. Se você não tem uma reserva financeira, aperte onde der até fazer, pois ter um dinheiro guardado vai te dar mais tranquilidade no futuro”.
2. Comece a mudar a sua mentalidade
A mudança de carreira não é somente traçar metas e fazer contas. Para que tudo saia conforme o planejado, é preciso mudar a sua mentalidade, pois quando você começa a trabalhar de forma independente, tanto sua relação com o dinheiro quanto seu estilo de vida também mudam.
A partir do momento que você sai de uma empresa, não tem mais férias remuneradas, 13º e outras vantagens que davam segurança financeira. Por isso, é preciso ter mais controle dos gastos para não ter que abrir mão das suas queridas férias pelo menos uma vez por ano, não é mesmo?
Nesse sentido, foi enfatizada a importância de otimizar as despesas e de pensar muito bem antes de gastar dinheiro em qualquer coisa. “Quando era CLT, eu gastava mais em datas de final de ano, porque tinha o 13º e eu nem percebia que eram gastos”, diz Lu Costa. Já a Leila reforçou a importância de tomar decisões. “As decisões agora são só suas, não tem mais um chefe te dizendo o que fazer, então, a responsabilidade é maior”, lembra a especialista em finanças.
A mudança de mentalidade talvez seja o passo mais complicado, por isso, aí vão algumas ideias para orientar os iniciantes nesse processo:
- Tenha aliados — pessoas que acreditam no seu projeto e possam te dar apoio.
- Estude muito sobre a carreira freelancer, leia livros e os artigos do Vivendo de Freela!
- Defina o seu propósito — por que você quer fazer isso?
- Assuma o seu novo estilo de vida: o trabalho em home office na maior parte do tempo vai impactar também nos seus hábitos de consumo — você não precisará comprar tantas roupas, por exemplo.
3. Aprenda a definir seu preço e margem de lucro
Como esse tema é um dos que geram mais dúvidas entre os profissionais freelancers, a consultora foi bem direta: “Pense no que vai te trazer mais retorno. Não dá para cobrar a mesma coisa para todos os clientes, é preciso precificar de acordo com a exigência de cada um”, aconselha.
E como perceber quais clientes exigem mais? Calculando quanto tempo você gasta para fazer cada projeto/tarefa. Além disso, existem outros fatores a considerar, como:
- Experiência/tempo de trabalho: um freelancer experiente pode cobrar mais do que um iniciante;
- Nicho do cliente: quanto mais especializado o tipo de negócio, mais complexo ele é, portanto, demanda mais tempo de trabalho;
- Custos para prestação do serviço: considere o gasto com suas próprias ferramentas ou específicas para atender um cliente.
A verdade é que não existe um padrão para precificar seus serviços ou determinar a margem de lucro, mas ajuda muito saber quanto você receberia se estivesse trabalhando numa empresa. “O momento decisivo para dar o ‘pulo’ foi quando percebi que estava faturando mais como freelancer do que trabalhando em regime CLT”, revela Leila Ghiorzi .
4. Saiba o que considerar antes de dar “o pulo”
Como já dissemos anteriormente, é fundamental planejar-se antes de dar esse passo definitivo, e isso inclui conhecer suas necessidades. “Pense no que você precisa ter para se sentir seguro e resolva o máximo possível antes de se desligar da empresa”.
Outro ponto igualmente importante é analisar se o modelo de trabalho independente é bom para você. Entenda que, além de trabalhar a maior parte do tempo em home office, você terá de assumir outras responsabilidades, como fazer o marketing dos seus serviços, prospectar clientes, cuidar da parte financeira, entre outras tarefas, que, numa empresa, não seriam suas.
>> Freelas: por que cobramos tão pouco?
5. Prepare-se para emergências
A pandemia fez com que muitos freelancers perdessem clientes, logo, foi preciso se esforçar mais para manter as finanças em dia.
Nesses casos, a dica é analisar o real impacto da perda de clientes no seu faturamento e traçar estratégias para captar novos clientes, de preferência em segmentos de mercado que foram menos afetados pela crise.
E, principalmente, ter uma organização financeira eficaz, fazendo um bom controle de gastos e recebimentos. Pode ser feito em uma planilha de Excel ou em aplicativos específicos para isso.
>> Pesquisa Freela$: metade dos freelancers não têm reserva financeira para emergências
6. Tenha uma conta CNPJ
Leila explica que o MEI não é obrigado a ter uma conta pessoa jurídica ou contador, mas que é melhor para sua organização financeira. “Antes, era muito caro ter uma conta PJ em bancos tradicionais, mas com a chegada das contas digitais ficou bem mais fácil, já que a maioria delas não cobra taxa mensal e tarifas para emissão de boletos são muito mais baixas”.
>> Fazer freela como autônomo ou PJ: o que vale mais a pena?
7. Separe também seus investimentos
O investimento é a principal forma de rentabilizar o seu dinheiro, sendo recomendado tanto para pessoa física quanto para a jurídica. Mas como fazer quando você possui as duas contas? Para a consultora, depende do objetivo do investimento. “Se o objetivo for pessoal, invista como pessoa física. Mas se for relacionado ao crescimento do seu negócio, é melhor aplicar os recursos da conta PJ”, orienta ela.
Gostou das dicas e quer saber mais? Assista a live completa sobre finanças para freelancers!
Lembrando que estamos também no nosso canal no YouTube, com vídeos novinhos sobre a vida de freela. Assina lá para não perder nenhum conteúdo. Também marcamos presença no Facebook, Instagram e LinkedIn. Nesses canais, compartilhamos muitas dicas para ter mais sucesso como freelancer e também para aproveitar todos os benefícios da carreira independente. É claro, também respondemos dúvidas. Só deixar elas aqui nos comentários do post! 😃