Trabalho com redes sociais há mais ou menos oito anos. Comecei em uma agência e há mais de três anos atuo somente como freela de social media.
Durante esse tempo, foram muitos os aprendizados profissionais e pessoais. Afinal, nunca é fazer só um post, é sempre muito esforço e dedicação envolvidos.
Cada cliente tem um jeito e uma necessidade, então, antes de pensar na estratégia, precisamos dar uma de psicólogo para entender tudo isso. Mas, acho que entre os “top 5” aprendizados estão:
1. A gente nunca sabe tudo: nunca pare de estudar
Eu costumo brincar que tô há tanto tempo atuando como social media porque todo dia preciso me reinventar como profissional e eu adoro isso! Como freela, cada cliente pede um novo estudo de conteúdo, estratégia e linguagem.
Toda semana tem um novo recurso, mudança no algoritmo, meme ou métrica para aprender. Para mim isso é super motivacional, eu adoro — e provoco — aqueles momentos de “Vamos rever a estratégia?”, “Você já está sabendo desse novo recurso?” ou “Já fez uma campanha assim? Vamos conversar sobre!”.
2. Nenhum cliente é igual ao outro
Você pode ter atendido, como freela de social media, 15 padarias e se você repetir o mesmo conteúdo e estratégia para duas delas pode ser uma certeza: elas não terão o mesmo resultado!
Portanto, segura a receita fácil e pode reservar um tempinho para estudar, criar, prever cenários e pesquisar sempre. Além disso, cada cliente traz consigo as histórias profissionais das pessoas envolvidas no processo. Então, é sempre como começar um novo flerte, vai com calma e entende como conquistar o coração do cliente para depois ir trazendo novas argumentações.
3. “Sei que você é o especialista, mas eu quero fazer assim”
Todo freela de social media já deve ter ouvido esse discurso disfarçado em inúmeros momentos. Aprendi que muitas vezes é melhor fazer do jeito do cliente do que gastar muita energia tentando contrariá-lo e, ao final, todos os envolvidos ficarem frustrados.
A gente pode avisar, informar dos riscos e das possíveis críticas, mas não pode entrar na cabeça da pessoa e fazer ela mudar de ideia. O tempo e os resultados vão te ajudar a ganhar a confiança e o respeito na hora de tomar decisões.
4. Aprenda a precificar, (re)negociar e falar de valores
Sou capricorniana (pra quem acredita em astrologia) e sempre acham que meu principal objetivo de vida é ser rica. Se você acompanhasse a evolução dos meus contratos de freela de social media saberia que isso é mentira. Para mim, particularmente, é muito difícil esse momento de precificar e negociar valores.
Porém, como isso é mais do que necessário, eu criei uma dinâmica pessoal de me forçar a falar sobre demandas que extrapolam o escopo e colocar na agenda alertas em datas de negociar aumento de valores. É um exercício difícil, mas, mesmo quando levo um não, eu me sinto orgulhosa por ter falado.
5. Não responda nada na hora, valorize sua pesquisa e criação
Esta dica pode ser a mais difícil, porque temos que lidar com a ansiedade de quem está perguntando — e quer uma resposta — e com a nossa. Mas, talvez, esse tenha sido meu aprendizado mais recente e importante: eu não preciso e nem devo ter todas as respostas na ponta da língua.
Isso não é prova de conhecimento, é necessidade de autoafirmação. Escuta a demanda, tire as dúvidas e não tenha medo de dizer: “Ok, preciso de um tempo e logo te mando essas ideias/respostas/mudanças”.
E você, o que aprendeu como freela de social media?
Por fim — porque eu já ultrapassei o número máximo de palavras do texto —, se você é freela de social media e passou por situações completamente diferentes das minhas eu fico muito feliz! Afinal, essa profissão é mesmo mais surpreendente e viciante do que os velhinhos no TikTok!
Então, conta aqui nos comentários o que você já viveu como social media. O Vivendo de Freela é uma rede super diversa e, com certeza, essas trocas nos fazem crescer muito como profissionais!